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Agente penintenciário morre de meningite e sindicato pede intervenção em presídios do RN

Agente penitenciário Daniel Luz trabalhava na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró (Foto: Divulgação/Sindasp-RN)

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sindasp-RN) está solicitando ao Governo do Estado uma intervenção de equipes de saúde na Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró, e na Cadeia Pública de Caraúbas, ambas na região Oeste potiguar. De acordo com Vilma Batista, presidente do sindicato, a medida é necessária em razão do falecimento do agente penitenciário Daniel Luz na madrugada da quarta-feira, dia 28. A família, que pediu para não se pronunciar por enquanto, afirma que o atestado de óbito de Daniel aponta a meningite como causa da morte.


De acordo com Dinorá Simas, coordenadora do sistema penitenciário do estado, a primeira informação que ela recebeu foi de que o agente havia sido vítima de hepatite. Ela disse que aguarda o atestado de óbito para tomar providências. "Até para darmos entrada no setor pessoal, precisamos da comprovação da causa da morte. Estou esperando este documento", explicou.

“Possivelmente ele pegou a doença na Penitenciária Mário Negócio, onde trabalhava, pois começou com uma gripe, depois uma infecção no ouvido. Agora, estamos solicitando às autoridades da Secretaria Estadual de Saúde que enviem equipes para aquela unidade”, afirma Vilma Batista.
5ª morte em 2014

A preocupação com a doença veio à tona após a morte do estudante universitário André Donaldson Mendes, de 23 anos. O jovem morreu no último dia 24, em Natal, vítima de meningococcemia, que é a forma mais grave de infecção pela Neisseria meningitides (meningococo). André era aluno do curso do Bacharelado de Ciências e Tecnologia (BCT) da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da UFRN.

Um dia antes da morte do agente penitenciário, ou seja, no dia 27, a Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) revelou que, de janeiro até aquela data o Rio Grande do Norte havia registrado 46 notificações de casos suspeitos de meningite. Destes, 10 casos foram da forma considerada mais grave da doença (a meningocócica) - dos quais quatro pessoas haviam morrido.

De acordo com Stella Leal, subcoordenadora de vigilância epidemiológica, apesar da ocorrência dos quatro óbitos até então, a situação ainda não pode ser caracterizada como surto ou qualquer outro evento que possa representar perigo, “pois esses registros encontram-se em número e comportamento semelhante ao observado em anos anteriores no Rio Grande do Norte”, afirma. Em 2013, de janeiro a dezembro, foram confirmados pela Sesap 96 casos de meningite, com 13 mortes.


Fonte: V&C Artigos e Notícias

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